Abertura contou com representantes de várias entidades e órgãos. Foto: Beto Figueiroa/Trago Boa Notícia/Divulgação |
Em solenidade de lançamento da 2ª Rodada de Negócios do
Audiovisual, na Associação Comercial de Pernambuco, na noite desta
segunda-feira (17), representantes da Associação Brasileira de Produtoras
Independentes de Televisão (ABPITV), das secretarias estaduais de Cultura e de Trabalho,
Qualificação e Empreendedorismo, Portomídia/Porto Digital,
Sebrae, Canne/Fundaj, entre outros órgãos, lançaram reflexões sobre os avanços
do setor audiovisual nos últimos dez anos
O cenário positivo de oportunidades e os novos desafios que
isso implica ao setor audiovisual deram a tônica da mesa de abertura do
Market.Mov – 2ª Rodada de Negócios do Audiovisual, ocorrida na noite desta
segunda-feira (17). Uma rede de órgãos e instituições, formada com o objetivo
de impulsionar a cadeia produtiva do mercado, participou de um encontro no 1º
andar do centenário prédio da Associação Comercial de Pernambuco - Marco Zero, Recife
– para discutir vários temas, com destaque para o Programa Brasil de Todas as
Telas, do Governo Federal.
A solenidade foi acompanhada por cerca de 50 produtores e realizadores
de todo o Nordeste, incluindo participantes do Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia.
Atuou como mediadora da abertura a coordenadora geral do Market.Mov e conselheira
Conselheira do Instituto Delta Zero para Desenvolvimento da Economia Criativa,
Tarciana Portella.
"Queremos agradecer as parcerias que formaram um grande mutirão em torno do 2º Market.Mov. Este ano crescemos de sete players, em relação ao ano passado, para 11 players. E também ampliamos a quantidade de parceiros", comemorou Portella.
O secretário executivo de Fomento ao Empreendedorismo, da
Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo do Governo de Pernambuco,
João Baltar Freire, ressaltou a vocação do Estado para a inovação, o conhecimento
e a cultura. “Pela questão autoral, este é um setor muito importante”, disse
Freire.
Também presente à cerimônia, o coordenador executivo da Unidade
Técnica Linha Produção - FSA para TVs Públicas, Hermano Figueiredo, falou da
perspectiva histórica para justificar o atual otimismo e as boas expectativas
para a rodada de negócios. “Hoje vivemos um momento muito auspicioso. E isso foi fruto de várias ações no setor do
audiovisual, construídas a partir de propostas da sociedade civil, que
encontraram resposta de um governo disposto a dialogar. E hoje o que temos é um
processo de descentralização dos conteúdos audiovisuais no Brasil”, declarou.
Tarciana Portella, do Instituto Delta Zero, mediou a cerimônia. Foto: Beto Figueiroa/Trago Boa Notícia/Divulgação |
“Quero reforçar a importância de um evento como este. No
mesmo dia em que estamos aqui na abertura do 2º Market.Mov, foi lançado o 8º
edital do Funcultura 2014/2015, com recursos de mais de R$ 20 milhões, para o
ano de 2014/2015, sendo R$ 11,5 milhões do Funcultura e R$ 8,55 milhões do Fundo
Setorial do Audiovisual. E também foram empossados os membros do Conselho
Consultivo do Audiovisual de Pernambuco”, lembrou Chico Ribeiro, representante
estadual da ABPITV e fundador-sócio da REC Produtores.
Para o diretor-presidente da Empresa Pernambuco de
Comunicação (EPC), Guido Bianchi, afirmou que este é um momento de avanços pela
“democratização da informação e da comunicação” e que “estamos galgando aos
poucos novos espaços para o audiovisual”. A gerente de economia criativa do Porto Digital, Maria Eduarda Belém, se disse feliz com a realização de mais uma
edição do Market.Mov e declarou que o evento vem “aproximar a cadeia produtiva do
audiovisual, fomentando o mercado”.
E, ainda, o coordenador do Centro Audiovisual Norte Nordeste
(Canne) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Pedro Severien, apontou novas
perspectivas para o futuro. “Acho que este é um momento de se olhar para a
frente. É preciso ver como era a cadeia produtiva há 10, 20 anos, e como ela
será daqui a mais 20 anos. Em breve, sairá um novo edital para TVs públicas, e
vamos oferecer cursos para formatação de projetos, e precisamos ficar atentos a isso”, disse. “O
Market.Mov vem fortalecer e tornar as relações de negócios mais fortes”, concluiu
o analista técnico do Sebrae Pernambuco, Péricles Negromonte.
Conselheiro federal da ABPITV Márcio Yatsuda: "curva ascendente" do audiovisual. Foto: Beto Figueiroa/Trago Boa Notícia/Divulgação |
Debate - Um dos
temas da noite foi o Programa Brasil de Todas as Telas, lançado em julho deste
ano pelo Governo Federal, que prevê 1 bilhão e 200 mil reais para o setor
audiovisual nacional até o primeiro semestre de 2015, via recursos do FSA. O assunto
pautou o debate “Programa Brasil de Todas as Telas – desafios e oportunidades
para os realizadores de Pernambuco e do Nordeste”, com as presenças de Márcio
Yatsuda, conselheiro federal da ABPITV (Rio de Janeiro); Carla Francine,
coordenadora do audiovisual da Secretaria Estadual de Cultura; Hermano
Figueiredo, da UT Linha de Produção - FSA para TVs Públicas, além de outras
autoridades.
Yatsuda enfatizou que leis recentes, como a 12.485/2011, que
estipula cotas de exibição de conteúdo nacional nas TVs pagas, afetou o setor
como um todo. “Canais passam a acenar a um mercado que antes não acenavam”,
avaliou. Além disso, ele destaca os vultos de investimentos por parte do poder
público. “Com o crescimento do mercado e das oportunidades em ritmo tão rápido,
certamente cada vez mais vai se exigir uma profissionalização maior”, comentou
o conselheiro federal da ABPITV. “Atualmente estamos numa curva ascendente. A
tendência é depois isso se consolidar”, completou.
Cerca de 50 produtores nordestinos assistiram ao debate na ACP. Foto: Beto Figueiroa/Trago Boa Notícia/Divulgação |
Para Carla Francine, o Programa Brasil de Todas as Telas é uma “coroação” de um processo que corresponde a anos de ações e iniciativas com vários vetores. “Desde 2003, com a gestão de Gilberto Gil no Ministério da Cultura, e depois Juca Ferreira, passou-se a ter uma visão estratégica de valorização da nossa produção brasileira. Estas são políticas importantes, porque antes o que se fazia era só consumir (a produção audiovisual) que vinha de fora”, afirmou.
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