segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Debate sobre o Programa Brasil de Todas as Telas abre programação do 2º Market.Mov

Abertura contou com representantes de várias entidades e órgãos. Foto: Beto
Figueiroa/Trago Boa Notícia/Divulgação
Em solenidade de lançamento da 2ª Rodada de Negócios do Audiovisual, na Associação Comercial de Pernambuco, na noite desta segunda-feira (17), representantes da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (ABPITV), das secretarias estaduais de Cultura e de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, Portomídia/Porto Digital, Sebrae, Canne/Fundaj, entre outros órgãos, lançaram reflexões sobre os avanços do setor audiovisual nos últimos dez anos

O cenário positivo de oportunidades e os novos desafios que isso implica ao setor audiovisual deram a tônica da mesa de abertura do Market.Mov – 2ª Rodada de Negócios do Audiovisual, ocorrida na noite desta segunda-feira (17). Uma rede de órgãos e instituições, formada com o objetivo de impulsionar a cadeia produtiva do mercado, participou de um encontro no 1º andar do centenário prédio da Associação Comercial de Pernambuco - Marco Zero, Recife – para discutir vários temas, com destaque para o Programa Brasil de Todas as Telas, do Governo Federal.

A solenidade foi acompanhada por cerca de 50 produtores e realizadores de todo o Nordeste, incluindo participantes do Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia. Atuou como mediadora da abertura a coordenadora geral do Market.Mov e conselheira Conselheira do Instituto Delta Zero para Desenvolvimento da Economia Criativa, Tarciana Portella.

"Queremos agradecer as parcerias que formaram um grande mutirão em torno do 2º Market.Mov. Este ano crescemos de sete players, em relação ao ano passado, para 11 players. E também ampliamos a quantidade de parceiros", comemorou Portella.

O secretário executivo de Fomento ao Empreendedorismo, da Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo do Governo de Pernambuco, João Baltar Freire, ressaltou a vocação do Estado para a inovação, o conhecimento e a cultura. “Pela questão autoral, este é um setor muito importante”, disse Freire.

Também presente à cerimônia, o coordenador executivo da Unidade Técnica Linha Produção - FSA para TVs Públicas, Hermano Figueiredo, falou da perspectiva histórica para justificar o atual otimismo e as boas expectativas para a rodada de negócios. “Hoje vivemos um momento muito auspicioso.  E isso foi fruto de várias ações no setor do audiovisual, construídas a partir de propostas da sociedade civil, que encontraram resposta de um governo disposto a dialogar. E hoje o que temos é um processo de descentralização dos conteúdos audiovisuais no Brasil”, declarou.

Tarciana Portella, do Instituto Delta Zero, mediou a cerimônia. Foto: Beto
Figueiroa/Trago Boa Notícia/Divulgação
“Quero reforçar a importância de um evento como este. No mesmo dia em que estamos aqui na abertura do 2º Market.Mov, foi lançado o 8º edital do Funcultura 2014/2015, com recursos de mais de R$ 20 milhões, para o ano de 2014/2015, sendo R$ 11,5 milhões do Funcultura e R$ 8,55 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual. E também foram empossados os membros do Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco”, lembrou Chico Ribeiro, representante estadual da ABPITV e fundador-sócio da REC Produtores.

Para o diretor-presidente da Empresa Pernambuco de Comunicação (EPC), Guido Bianchi, afirmou que este é um momento de avanços pela “democratização da informação e da comunicação” e que “estamos galgando aos poucos novos espaços para o audiovisual”. A gerente de economia criativa do Porto Digital, Maria Eduarda Belém, se disse feliz com a realização de mais uma edição do Market.Mov e declarou que o evento vem “aproximar a cadeia produtiva do audiovisual, fomentando o mercado”.

E, ainda, o coordenador do Centro Audiovisual Norte Nordeste (Canne) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Pedro Severien, apontou novas perspectivas para o futuro. “Acho que este é um momento de se olhar para a frente. É preciso ver como era a cadeia produtiva há 10, 20 anos, e como ela será daqui a mais 20 anos. Em breve, sairá um novo edital para TVs públicas, e vamos oferecer cursos para formatação de projetos,  e precisamos ficar atentos a isso”, disse. “O Market.Mov vem fortalecer e tornar as relações de negócios mais fortes”, concluiu o analista técnico do Sebrae Pernambuco, Péricles Negromonte.

Conselheiro federal da ABPITV Márcio Yatsuda: "curva ascendente" do audiovisual.
Foto: Beto Figueiroa/Trago Boa Notícia/Divulgação
Debate - Um dos temas da noite foi o Programa Brasil de Todas as Telas, lançado em julho deste ano pelo Governo Federal, que prevê 1 bilhão e 200 mil reais para o setor audiovisual nacional até o primeiro semestre de 2015, via recursos do FSA. O assunto pautou o debate “Programa Brasil de Todas as Telas – desafios e oportunidades para os realizadores de Pernambuco e do Nordeste”, com as presenças de Márcio Yatsuda, conselheiro federal da ABPITV (Rio de Janeiro); Carla Francine, coordenadora do audiovisual da Secretaria Estadual de Cultura; Hermano Figueiredo, da UT Linha de Produção - FSA para TVs Públicas, além de outras autoridades.    

Yatsuda enfatizou que leis recentes, como a 12.485/2011, que estipula cotas de exibição de conteúdo nacional nas TVs pagas, afetou o setor como um todo. “Canais passam a acenar a um mercado que antes não acenavam”, avaliou. Além disso, ele destaca os vultos de investimentos por parte do poder público. “Com o crescimento do mercado e das oportunidades em ritmo tão rápido, certamente cada vez mais vai se exigir uma profissionalização maior”, comentou o conselheiro federal da ABPITV. “Atualmente estamos numa curva ascendente. A tendência é depois isso se consolidar”, completou. 

Cerca de 50 produtores nordestinos assistiram ao debate na ACP. Foto: Beto
Figueiroa/Trago Boa Notícia/Divulgação

Para Carla Francine, o Programa Brasil de Todas as Telas é uma “coroação” de um processo que corresponde a anos de ações e iniciativas com vários vetores. “Desde 2003, com a gestão de Gilberto Gil no Ministério da Cultura, e depois Juca Ferreira, passou-se a ter uma visão estratégica de valorização da nossa produção brasileira. Estas são políticas importantes, porque antes o que se fazia era só consumir (a produção audiovisual) que vinha de fora”, afirmou.


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